TENS para controle de dor orofacial e cefaléias

TENS para controle de dor orofacial e cefaléias

TENS para controle de dor orofacial e cefaléias

TENS para controle de dor orofacial e cefaléias.

Como vimos em posts anteriores, as dores orofaciais ocorrem, muitas vezes, por problemas na musculatura mastigatória. Esta, ao ser contraída durante muito tempo pelo comando do sistema nervoso central, passa a ter áreas no seu interior que não são devidamente irrigadas, o que leva a liberação de enzimas nociceptivas (que causam dor). Por conta deste motivo, para o tratamento de dores miofasciais, é necessário que o profissional permita que o músculo tenha uma melhor vascularização sanguínea.

Para isto, diversas técnicas são utilizadas. Termoterapia, laser de baixa potência, agulhamento seco, TENS, massagem estão entre as ferramentas utilizadas para este fim.

Quanto ao TENS, trata-se de uma modalidade de terapia chamada eletroterapia. Uma de suas grandes vantagens é que ela não é invasiva, isto é, não é necessário “penetrar” no organismo com nenhum instrumento para que ela apresente os resultados desejados. Além disto, o TENS não apresenta efeitos colaterais e/ou desagradáveis e também possui significativa interação com algumas drogas analgésicas, miorrelaxante e ansiolíticas.

Tecnicamente falando o TENS promove analgesia (alívio da dor) em curto espaço de tempo por agir promovendo uma despolarização das células nervosas, liberação de endorfina (mediadores anti álgicos) nas sinapses, aplicação dos princípios do controle porta nos cornos posteriores da medula e, por fim, competitividade entre o estímulo da dor e os pulsos emitidos pelo TENS.

Além disto, o TENS consegue promover a ação miorrelaxante através da eliminação da tensão das fibras musculares (através da normalização do sistema neuromuscular), pelo efeito relaxante geral e muscular das endorfinas e encefalinas liberadas pelo próprio organismo e pela eliminação da tensão e contratura muscular.

Podemos ver abaixo algumas aplicações do TENS.

TENS em medicina dentária:

Relaxamento da musculatura facial e mastigatória

Diagnóstico e controle das disfunções da ATM e mialgias musculares

Tratamento de processos álgicos (com dor) e inflamatórios, sendo crônicos ou agudos

Profilaxia e prevenção de dores e edemas pós operatórios

Relaxamento do paciente no pré e trans operatorio, potencializando o efeito anestésico e analgésico, aumentando o limiar de percepção e reação à dor

Tratamento de trismos, espasmos e contraturas da musculatura profunda e superficial da face

Aceleração de processos cicatriciais

 

TENS em grandes reconstruções dentárias:

Relaxar e desprogramar a musculatura mastigatória

Permitir um melhor molde da cavidade bucal do paciente

Identificar contatos prematuros nos dentes (toques dentários mais fortes)

Determinar a posição de repouso muscular da mandíbula

Obter os registros de altura de mordida (dimensão vertical)

Reposicionar a mandíbula em sua trajetória neuro muscular fisiológica

Desprogramar os sensores de pressão intra bucais (proprioceptores)

 

TENS em cirurgias:

Relaxamento neuropsicomuscular

Efeitos analgésicos e anti inflamatórios em pós operatórios

Analgesia geral

Redução do estresse e da ansiedade

Indutor do sono fisiológico

 

TENS em medicina geral:

Indução ao sono fisiológico (fases 3 e 4)

Codjuvante de medicamentos (ansiolíticos, anti-inflamatórios, benzodiazepinas, antidepressivos, etc)

Dor músculoesquelética (fibromialgia, dores craniofaciais, cervicalgias, etc)

 

Contra indicações do TENS:

Uso de marcapasso cardíaco

Cardiopatias, disritmias e epiléticos descompensados

Gravidez (três primeiros meses)

Evitar eletrodos sobre o útero (efeito fetal desconhecido)

Dermatite no local de aplicação dos eletrodos

Neuralgia trigeminal pós-herpética

Pele insensível ou anestesiada

Dor não diagnosticada ou no tratamento de emergência

Doença psiquiátrica não controlada

Incapacidade de executar a prescrição médica

 

Caso queira conhecer algo mais sobre os efeitos do TENS, clique AQUI.

Nos conhecimentos atuais, o TENS é uma das ferramentas mais eficazes para a melhoria do quadro de dor em pacientes com DTM muscular (disfunção temporo mandibular de origem muscular). Logicamente que, para as indicações acima descritas de cefaléia e dor orofacial, é absolutamente necessário que seja feito um correto diagnóstico, pois existem inúmeros outros tipos de cefaléia que não possuem origem muscular.

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